05/02/2022 às 11h50min - Atualizada em 05/02/2022 às 11h50min

UM ANO PARA ACREDITAR


Após um ano de projeção nacional, a construção civil de Itapema vive um dos seus melhores momentos. 2021 entra para a história do setor como o período em que a cidade mais se destacou em valorização no preço do metro quadrado residencial novo para venda. Neste ano, as expectativas do mercado são positivas e o setor deve seguir aquecido. Com alto padrão construtivo, empreendimentos arrojados e qualificação técnica de referência, a construção civil de Itapema comemora os resultados do seu trabalho.


Itapema abriu 2021 no pódio nacional em variação anual no preço do metro quadrado residencial novo para venda. Conforme pesquisa mensal realizada pelo Índice FipeZap, em janeiro do ano passado a cidade computava variação positiva de 13,65% - a maior de todas as 50 cidades pesquisadas pelo instituto.  Ao longo do ano, Itapema ocupou dez vezes esta posição, tendo ficado na liderança de janeiro a setembro, caído para a segunda posição em outubro, e retornando ao topo da pesquisa em novembro, já computando variação anual de 23,45%. 

Os números, divulgados em dezembro de 2021, apontam preço médio de R$ 8.743,00 para o metro quadrado residencial novo na cidade. Com isso, Itapema subiu para a quarta posição na lista de municípios com o metro quadrado mais valorizado do Brasil. À frente dela, apenas a vizinha Balneário Camboriú, e duas grande capitais, Rio de Janeiro e São Paulo. Em janeiro do mesmo ano, o preço médio do metro quadrado em Itapema era de R$ 7.210,00  e a cidade ocupava a sexta posição na lista. 

Para o presidente do Sinduscon Costa Esmeralda, Rodrigo Passos Silva, o desempenho do setor é resultado de um conjunto de fatores, entre eles a qualidade de vida que a cidade oferece, as belezas naturais, a posição geográfica estratégica, as oportunidades de negócios em várias áreas e o alto padrão construtivo. “Itapema ocupar a quarta posição nacional é resultado de muito esforço dos empresários, poder público, trabalhadores dos canteiros de obras, engenheiros e todos que acreditaram na retomada da economia. O desenvolvimento só vem com o empenho e a união de todos”, avalia. 

SUPERAÇÃO
A superação de obstáculos foi uma das marcas deixadas por 2021 na economia brasileira. Na construção civil não foi diferente. Em nível nacional, o setor abriu o ano com expectativa de crescer 4%. Mas, os desafios trazidos pela pandemia, o aumento no custo do material de construção e a falta de insumos derrubaram as expectativas para 2,5%. No fim do primeiro semestre, a previsão voltou a crescer e encerrou o ano em 7,6% - a maior alta dos últimos dez anos. Os dados foram divulgados em dezembro de 2021 pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Para driblar as dificuldades, o setor reagiu com iniciativas em várias frentes. Através da Coopercon/SC – cooperativa de compras que reúne vários Sinduscon catarinenses - Santa Catarina foi buscar aço na Turquia a fim de manter os canteiros de obras em atividade. O insumo, um dos que mais sofreu elevação de custo, também foi tema de reivindicação do setor junto ao Governo Federal, no intuito de conseguir isenção no imposto de importação do produto para suprir a demanda da indústria brasileira. O tesoureiro da Coopercon e diretor da FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), João Formento, foi um dos empresários que se mobilizou para trazer a carga ao Brasil. Em julho, o primeiro lote – de outros que chegaram nos meses seguintes – aportou em São Francisco do Sul com 20 mil toneladas de aço e abasteceu 137 empresas do setor distribuídas em oito estados brasileiros.

EXPECTATIVAS 
Formento, que atua na construção civil em Itapema há 23 anos, já presidiu o Sinduscon Costa Esmeralda e a CDIC (Câmara do Desenvolvimento da Indústria da Construção) da FIESC, aposta que este ano o setor terá ainda melhor desempenho que em 2021. Ele cita o controle sobre a pandemia, que começa a mostrar resultados positivos, e o fato de ser ano eleitoral, o que provoca certa inquietação no mercado e faz com que parte dos investidores aportem seus recursos em ativos de maior solidez, como o mercado imobiliário. “Estamos em ascensão, já começamos a vivenciar a falta de mão de obra, o que nos conduz a um movimento de capacitação para atender a demanda do setor, e acredito que 2022 será um ano muito bom para a construção civil”, analisa.

O presidente do Sinduscon Costa Esmeralda, Rodrigo Passos Silva, também aposta em um ano bastante promissor para a atividade. Ele comenta que a grande procura por imóveis na região, aliada ao incremento dos financiamentos bancários e à constante dedicação dos empresários em entregar empreendimentos com a máxima qualidade, traçam um cenário de prosperidade, o que deve manter os índices elevados de valorização que a cidade presenciou ao longo do ano passado. “Este aquecimento na construção civil alcança toda nossa base territorial e pode ser percebida em Porto Belo e Bombinhas também. Estamos em uma região muito rica em lazer e atrativos, e num importante eixo econômico, o que amplia o leque de oportunidades e intensifica a atração de investidores para o mercado imobiliário”, finaliza.
 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »